domingo, 1 de junho de 2008

Agora tanto faz...



Agora pouco, enquanto tomava banho, me lembrei de uma meia dúzia de pessoas que me fazem muita falta mesmo. O mais engraçado de tudo é ter a consciência da ausência e não fazer nada a respeito. Não ligar. Não escrever. Não participar. Negligenciar a saudade - é como costumo definir.
Às vezes me apego tanto às lembranças que tenho medo que o presente as estrague. Os amigos perfeitos de anteontem já quase não conheço mais, não sei se gosto da mesma maneira de quem são hoje. E também mudei.
Acho que esse desencontro dentro do tempo é uma das mais dolorosas formas de se despedir, dizer adeus a quem continua ali, antes cúmplice, agora memória.
O que fica é um carinho inesgotável nascido da força do que vivemos um dia, talvez a única coisa que seja, de fato, para sempre.

Um comentário:

Bruh disse...
Este comentário foi removido pelo autor.